domingo, 30 de setembro de 2007

Indo para outro lugar

Sou tranqüilo em meus pensamentos
Vivo rindo mas pouco transparecendo

Não sou de estar aqui, acolá
Mas sei onde ficar antes de tudo acabar

Quando olho
nem sempre vejo
Finjo não saber aquilo que mais desejo

Quando paro no barulho
Acabo escutando o silêncio de meu orgulho

E no final enxergo com naturalidade
A única coisa que me deixa na saudade

Mais uma vez me despeço s
em dispensar
Adeus, estou indo pa
ra outro lugar

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Ele

A mim, só cabe sentir. E sinto a cada momento, mas sinto em cada momento um sentimento diferente, as vezes, o mais confuso deles, outrora, o mais sublime, aquele que arrebata em fração de segundos. Sou parte deles, e eles de mim.

Assim, caminho sem rumo. E mesmo que não o procure, ele me encontra, me encanta. Temo, mas me pertenço, me permito!


sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Eu


Eu não sou o vento, não sou o ar em movimento. Sou a fusão do vento e do metal, sou o som que ecoa do mensageiro dos ventos quando a chuva se aproxima, quando a noite precipita. Sou a fusão, sempre a fusão. Hoje irrequieta, porque incompleta em um de meus elementos. Sem o vento, não há tilinte. Sem metal, há tato. Sem meu complemento, não há o que chamo de eu. Há pedaços de mim, num universo restrito (e) particular. Clamo a completude. Exijo completude. Isso, minha natureza não há de negar. Vinde a mim, pois, sonhos, átomos, seres, sentimentos, ações, intenções, lirismo e rebeldia. Faz me mim a mesma e conhecida poesia que na boca de todos passeia. Que tudo alegra e transforma. Faz de mim o pão da alma. E serve, deste mesmo pão, natureza divina, a meu elemento rei, que não tarda a me encontrar.